terça-feira, 21 de junho de 2011

Não tenho medo de furacão

Um furacão em forma de mulher que não é santa e nem se chama Lúcia, mas que avassala por onde passa e é multifacetada.
Fala as verdades mais indizíveis e não tem medo de olhar nos olhos, apontar o dedo e chama o erro pelo nome. E num momento desses ela diria: "Como assim!?"
Quando ama, ama demais, que chega a doer. Briga e ainda o faz por amor.
Reconhece humanidade nos animais e bestialidade nos seres humanos e ainda assim não deixa de confiar neles.
Você é uma odisseia, uma crônica matinal, um que de fim de tarde,uma cigana oblíqua, um romance inacabado, quando o leitor menos espera o clímax acontece e você muda a história, seu final nunca acaba.
Os predicados para você são inúmeros, mas agora você pode pensar "sou a ímpia, a pecadora, a bocuda tatuada", ledo engano. O que se vê é uma tela, onde uma história foi pintada, flores desabrocham do seu corpo e as borboletas vêm te visitar ao pé do ouvido, eu sei que você tem um sonho, e ele é infinito, e as dificuldades vêm, mas a sua mão é forte, arde e queima e assim você vai abrindo caminhos. Porém, esses caminhos não são só os teus, mas são também para aqueles que te acompanham.
Você já contou histórias, restaurou vidas e passeou entre meridianos e planos cartográficos. Marcou a sua vida na minha, três vezes, me perdoem os matemáticos mas há como provar que 3A é igual a 3G e não há quem venha contestar!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Seres de outro planeta

            Eu acho que todo professor deveria ter uma nave da Xuxa. Eu lembro até hoje da abertura do programa da tal rainha dos baixinhos, ela chegava em uma nave rosa de onde saía fumaça, luzes brilhavam e meu coração acelerava, porque eu tinha certeza de que ela estava vindo de outro planeta. Quando o programa terminava era a mesma coisa, só que dessa vez meu coração parava e eu ficava imaginando o que aquele ser estaria fazendo no famigerado planeta Xuxa.
            Tenho a sensação de que alguns alunos meus tem os mesmos sentimentos que eu tinha do tempo em que eu era criança. Mas o sistema é inverso, o coração dos meus queridos discentes não dispara quando eu chego à sala e nem pára quando eu me retiro, com essas idas e vindas eles estão acostumados, eles até gostam (principalmente da hora da partida).
            Coração de aluno dispara mesmo é quando vê professor na rua, no supermercado, na lojinha de 1,99, no cabeleireiro. Mas quem disse que professor tem vida? Pergunte a qualquer aluno qual nome da professora e ele com certeza responderá ”ah, sei lá, só sei que é de português”. É assim, professor não tem nome, é classificado conforme a matéria, não tem vida, para eles todos nós somos seres solteiros, assexuados, sem mãe e sem coração, que vivem em uma biblioteca fechada e úmida, lendo e preparando aula. Docente que é docente não fala palavrão, não gosta de rock, não arrota e se quer solta pum! Imagina, isso seria um grande ultraje!
            Uma vez, no ano passado encontrei dois aluninhos gêmeos na rua, foi um dos melhores dias da minha vida, eles gritavam: “Olha a professora de inglês, mãe olha, olha!”. Senti-me uma deusa, eu tinha sido reconhecida, virei celebridade instantânea.  Mas, o que eu não sabia é que esse dia ficaria para a história. Quando entrei na sala deles naquela semana o assunto da aula foi o encontro na Avenida Carvalho de Mendonça, na outra semana o assunto veio à tona novamente, e na outra também, até que se tornou o assunto do ano! Até hoje, os gêmeos me vêem na escola e lembram daquele dia e comentam “lembra do outro dia em que te vimos na rua?” Como assim outro dia? Isso aconteceu no ano passado!
            Certa feita fui vista no shopping na companhia de um professor, foi assunto para mais de uma semana, e no dia em cheguei à escola de carona com um amigo? Nem sei como sobrevivi! Eu sei que em algum dia desses professor vai ter de viver como celebridade hollywoodiana, sair pela porta dos fundos usando boné, óculos escuros, peruca e sempre fugindo dos alunos – paparazzi.
            Por essas e outras é que acho que professor deveria sim ter uma nave da Xuxa, eu poderia ir para o meu planetinha, entrar na biblioteca úmida e ficar lá ouvindo meu rock’n roll, bebendo coca-cola e comendo Doritos. Só não prometo que não vou falar palavrão.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

2ª mãe?

Ontem eu vi um menino chorar. Ele chorava uma perda. Uma perda pela qual eu já passei um dia. Havia perdido um dos seres mais queridos e amorosos que uma pessoa pode ter por perto, a avó. Muitos dizem que elas são segundas mães, mas isso não é verdade, elas são anjos criados a dedo para nós e quando nasce uma criança elas são enviadas a Terra só para satisfazer nossas vontades. Pelo menos essa é a minha teoria, pois a minha avó era assim, um ser alado.
Sinto falta daquela sensação de que só ela me entendia.
Daquele bolo de chocolate que só ela sabia fazer do jeito que eu gostava.
O colinho da minha avó era o mais confortável. Ela era a mais cheirosa.
Dias antes dela falecer eu lhe enviei uma carta, ela nunca leu, nos deixou antes. Tenho a carta até hoje, nunca abri.
Lembro da minha mãe me contanto da morte dela, penso naquele dia e quero chorar, na verdade eu chorei, três meses seguidos. Foi muito repentino.
Faz muito tempo que não pensava nela, esses dias me peguei numa baita saudade da minha velhinha. Nunca mais vamos nos ver, não por ora. Quem sabe?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Andrezza's poem - By Perry Barnes




Andrezza's poem

Every man in the land hugged you and kissed your hand
from bands and lands such as England, glad for the mad for you men,

of which their were 10 and then, heaven sent,
she emerged from her classroom, their hearts went boom, they zoom in, focus on her eyes,
her hips for later, nature's water, sought after, inspires martyrs,
 i would not barter for my love, the angel from above, what's your angle?

Perry Barnes

Cinco anos


É engraçado o que uma pessoa pode fazer com você, digo, a força que alguém pode exercer em você.
Eu passei cinco anos com um ser que não me pertencia, nunca pertenceu. Na verdade ninguém pertence a ninguém, é só modo de falar. Ele era dele, só dele e nada mais.
Eu acho que exerci sobre ele  influências, que só ele poderá dizer se foram positivas ou negativas, só sei que de algum modo ele se libertou. Ele sempre foi livre, só não tinha conhecimento disso.
Guardei seus segredos inelutáveis e eles continuam comigo.
Descobrimos coisas juntos que eu ainda pratico.
Adquiri valores que nunca dantes havia concebido.
E hoje, depois de cinco anos, ele é quem exerce influências sobre mim. Mesmo separados.
Cinco anos, repito isso o tempo todo e me sinto tão tola!
Cinco anos de aprendizado, cinco anos desperdiçados.
Queria odiá-lo, mas não consigo. Queria amá-lo, mas também não consigo mais.
Não sei dizer, só queria tê-lo por perto.



sábado, 8 de janeiro de 2011

Debora durma bem

Resenha: Um Velho que Lia Romances de Amor

Categoria: Livro
Gênero: Romance
Autor: Luis Sepúlveda

"Lírico e áspero, forte e sutil, o velho encontra se alter ego, seu inimigo íntimo, numa besta-fera de dimensões mitológicas que está deixando em pânico a floresta. A luta promete. E o livro cumpre todas as promessas, de maneira poética, mágica, absolutamente encantadora." Ari Roitman

Lindo, extremamente poético e crítico. Antônio José Bolívar vai em missão de busca sem saber que vai encontrar sua própria essência.
Uma viagem extasiante pela Amazônia.
Leitura indispensável!
Quem já leu comente aqui.
Beijos

Chegando devagar, passa o passarinho...

Relutei muito tempo para isso aqui acontecer, mas agora cansei. Preciso destapar a boca e dizer: tenho um blog! Não sei se vai funcionar por muito tempo, mas a gente vai levando essa rima, dourando a pílula.
Quem viver verá! Beijos efusivos!